data-filename="retriever" style="width: 100%;">Dois de novembro, com certeza, é um dia daqueles que sempre mexe com nossos sentimentos, pois recordamos os entes queridos, familiares, amigos, pessoas que conviveram e partilharam momentos especiais junto conosco e que agora não estão mais na nossa convivência diária.
Essa data nos remete à nossa fragilidade, à nossa pequenez e transitoriedade humana. Olhamos ao nosso redor e percebemos que muitas das pessoas que faziam parte do nosso dia a dia já não estão conosco. Algumas pessoas ficaram na lembrança, ficaram para traz, outras, porém, deixaram marcas profundas, indeléveis; deixaram um vazio misterioso que nada e ninguém consegue preencher.
Por isso, o dia 2 de novembro suscita, em cada um de nós, vários tipos de sentimentos: fragilidade, limitação, pobreza, impotência, humildade. Desperta também um sentimento de perda, de nostalgia, com um misto de tristeza e dor pela impossibilidade de trocar um palavra e de fazer um gesto físico de carinho e de ternura na pessoa que se foi.
Os cristãos, no entanto, não ficam somente nesses sentimentos, vão além, ultrapassam a saudade e a dor da separação pela força misteriosa da fé que nos leva ao coração de Deus, Aquele de onde saímos e para onde retornamos.
Os cristãos vão para junto da sepultura, mas não se detêm na sepultura, pois sabem que seus entes queridos não se encontram lá, debaixo da terra, porque o ser humano não é feito para ficar debaixo da terra, não cabe debaixo da terra. Ele foi feito para morar no coração de Deus. Provas? Não as temos, mas temos a luz e a força da fé, na palavra de Jesus, que nos garantiu uma vida plena de paz e amor.
Neste dia, os cristãos choram, como todos os demais seres humanos, a saudade de não poder ouvir, dizer uma palavra, abraçar seus entes queridos, mas além da lágrima e da prece renovam a certeza de que poderão fazer tudo isso novamente quando Deus triunfar em nós.
Por ora, mais uma vez, nossa gratidão e prece aos que amamos tanto, na esperança do abraço final e eterno.